domingo, 26 de setembro de 2010

Bogotá: Mais lugares para visitar e onde ficar

Hora de falar sobre onde ficar e o que se pode nos arredores de Bogotá.

Começamos por “Zipa”, ou Zipaquirá. Esta pequena cidade, com pouco mais de 60.000 habitantes, guarda um dos tesouros da Colômbia. A Catedral de Sal, que se trata de uma catedral dentro de uma das maiores mina de sal (ativa) do mundo, que vale muito a visita. Tudo começa com uma descida e um guia explicando sobre a mina e algumas paradas ao longo do caminho. Ao chegar à parte principal é possível ver o trabalho e a beleza deste lugar.

A primeira catedral, construída pelos mineiros, é fechada, pois, possui um sério risco de desabamento, porém, uma nova (e maior) foi feita. A visita custa em torno de R$ 10,00. Você também pode visitar o Museo de la Salmuera, que custa mais R$ 1,00, mas não me interessou.

Para chegar em Zipa, pegue o TransMilenio até Portal Del Norte, saia da estação e logo você verá alguns pequenos ônibus escritos “Zipa”. A viagem dura em torno de 1:15h à 1:30h e a estrada é boa. Na volta, você pode ir para o terminal rodoviário, que fica a uns 15 minutos de caminhada da catedral. A dica fica em passar o dia por lá, isto é, vá cedo e volte ao final do dia.

Já, para ficar em Bogotá, você tem duas opções: Centro ou Zona Norte. No Centro os hotéis são mais baratos, mas, é preciso pesquisar bastante. Minha recomendação fica com o El Virrey, que fica numa rua tranquila, possui Wi-Fi na faixa, TV a cabo e camas confortáveis, porém pisa na bola com o café da manhã e em falar que oferece um drink de boas vindas, mas “esqueceu ele”. Na Zona Norte estão os mais conceituados e as redes internacionais, o que eleva o preço deles.

Como eu disse, faça uma boa pesquisa em relação ao hotel que você deseja ficar e boa viagem!
Bogotá, como disse no primeiro artigo, é uma cidade bem policiada. Os cuidados que devemos ter em qualquer cidade devem ser seguidos.

E você, já esteve em Bogotá? Zipa? Conte-nós e compartilhe com todos!!!

¡hasta luego!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Parceria - Falando de Viagem

Essa semana vou quebrar o artigo sobre Bogotá para falar sobre uma parceria firmada nessa semana com o site Falando de Viagem.

O site foi uma criação do Gabriel Dias e Bruno Unger e discute diversos assuntos, como no vacatip, relacionados a viagem. O site trabalha no modelo de fórum, onde todos podem opiniar e comentar sobre um determinado.

O pessoal já vinha replicando alguns posts no fórum. Agora irei replicar todos os posts.

O vacatip não irá desaparecer, continuará aqui no seu modelo de trabalho.

Aqui segue o link para o Falando de Viagem: http://www.falandodeviagem.com.br/

E semana que vem eu fecho Bogotá. Aguardem!!!

¡hasta luego!

domingo, 12 de setembro de 2010

Bogotá: Como chegar e o que não perder



Capital da Colômbia, Bogotá conta com quase 9 milhões de habitantes, sendo uma das maiores cidades das Américas (perdendo pra São Paulo, New York, Ciudad de México). A cidade também é uma das mais altas, se erguendo a mais de 2.600 metros em relação ao nível médio do mar, mas quebra a barreira dos 3.100 metros em Monserrate e Guadalupe.


Para ir para Bogotá, por avião, você pode contar com vôos diretos operados pela VARIG (GOL) e Avianca, além da TAM que irá iniciar suas operações por lá em dezembro. No caso de minha viagem, utilizei a VARIG, mas vale lembrar que a melhor companhia na rota é a Avianca. Esses vôos saem de São Paulo. As demais regiões precisam fazer conexão em São Paulo. Vôos indiretos são oferecidos pela TACA (conectando em Lima), LAN (Santiago de Chile e Lima) ou Copa (Ciudad de Panamá).


Para os que estão mais no norte é possível ir de carro ou ônibus, mas não recomendo, em especial à noite. A Colômbia é famosa pelo narcotráfico e sua violência, porém, elas estão concentradas no interior, em especial no sul do país.


Em termos de segurança, Bogotá é uma das cidades mais bem policiadas do mundo. Os cuidados básicos devem ser tomados, como não sair com objetos de valor, exibir equipamentos eletrônicos e caso precise de um táxi, procure os amarelinhos, em geral da marca Kia e bem pequenos e compactos (se estiver num grupo de 4 ou mais pessoas, será preciso chamar dois ou mais).


Nunca tome um táxi onde tenha um passageiro sentado no banco.  Existe um tipo de golpe chamado de Taxi Millonario, onde você é assaltado e obrigado a ir até um caixa eletrônico e sacar todo o seu dinheiro (similar ao que relatei na Ciudad de México).


Andar no centro, em especial na região de La Candelaria (centro histórico) à noite também não é uma boa idéia, portanto, procure um táxi.  Por fim, evite a zona sul que também não é muito amigável e cheia de favelas.


O último cuidado (segundo um colombiano) é no aeroporto. Depois de passar pela imigração e aduana, um policial poderá parar você, revistar e perguntar (e até mesmo pedir para mostrar) quanto de dinheiro você está carregando. Não tente desconversar e minta, dizendo que está com uma quantia bem pequena (eu falei em US$ 100,00). Esse golpe ocorre aqui e na Venezuela (principalmente), onde você fala um valor que ele ache interessante e depois você pode ser assaltado. Tenha cuidado.


Depois dos cuidados, vamos passear, mas antes, câmbio. O aeroporto não tem as melhores taxas, mas, procure trocar o que você precisará para as primeiras horas. Recomendo levar dólares daqui, pois, o real lá não é tão bem aceito e você terá dificuldades para trocar.


A moeda local é o Peso Colombiano. A taxa de conversão média é US$ 1,00 para $ 1.700 pesos ou R$ 1,00 para $ 1.000, ou seja, para ter noção do preço em real, basta cortar três zeros à direita.


Para andar na cidade, você pode usar o “metrô” (chamado de Transmilenio). Esse é um dos orgulhos dos bogotanos. Trata-se de um sistema de ônibus que liga diversos pontos da cidade, em uma faixa exclusiva. O modelo foi inspirado em Curitiba e resolveu boa parte dos problemas do trânsito da cidade, que por sinal possui um dos trânsitos mais caóticos das Américas. O preço da passagem estava em $ 1.600 (ou R$ 1,60).


Mesmo tento uma boa rede, o Transmilenio não cobre toda a cidade, e nesse caso você pode usar as Busetas, que são mini-ônibus bem “bregas”, coloridos e alguns iluminados com neon. O termo mini aqui vale muito, pois, eles são muito apertados. O preço médio é de $ 1.400.


Por fim, os táxis são baratos também. O modelo de cobrança é um pouco diferente do Brasil. O taxímetro mostra um número e esse número é comparado com uma tabela onde o taxista informa o valor. Particularmente gosto desse modelo, pois, quando você precisa mudar a tarifa, você simplesmente altera a tabela e pronto. Não precisa criar uma tabela de comparação do tipo valor R$ x vai para R$ y e depois mudar no taxímetro.


Uma corrida entre a La Candelaria (onde fiquei hospedado) e Zona Rosa, uma espécie de Vila Madalena ou Lapa de Bogotá fica em torno de $ 15.000 (no período da noite, que possui uma sobretaxa). Os taxistas de forma geral são honestos, porém cuidado. Um dos colegas que foi na viagem pagou uma corrida com uma cédula de $ 50.000 e o taxista disse que era de $5.000, sendo que eu o vi colocando a nota de $50.000 sob o banco do passageiro. Ele chegou a pegar um bolo de dinheiro e mostrar que não tinha nenhuma cédula de $50.000. Sem querer arrumar confusão, meu colega pagou o resto. Recomendação: Veja a cédula e fale o valor para o taxista.


O modelo de ruas da cidade é bem interessante: Basicamente existem as Carreras (Cra ou K) e as Calles (podem ser abreviadas como C ou Cll). As Carreras correm de norte até sul da cidade em relação as montanhas que cercam ela e sua numeração começa no norte, ou seja, quanto menor a Carrera, mais perto do norte você estará. Até a décima carrera a numeração é ordinal (primera, segunda, tercera, cuarta, quinta, sexta, séptima, octava, novena e décima), sendo que depois a numeração se fala normalmente (once, doce, etc). Já as calles correm de leste a oeste e tem a mesma lógica de numeração (menor a leste, maior a oeste). Para exemplificar, o endereço Calle 18 No. 5-56 (do hotel El Virrey, onde fiquei) quer dizer que ele fica na calle 18 após a quinta carrera no número 56. O modelo só fura para as transversais (Tra) ou Diagonais (Diag). Um detalhe é que algumas ruas não possuem o número em suas placas, mas, um nome, porém elas não deixam de ter um número e seguir a lógica.
 

Se você se sentir perdido, procure uma cadeia de montanhas, que você encontrará o leste da cidade.


Se você pensar em dirigir por lá, se prepare para enfrentar um trânsito caótico. Para os pedestres, todo o cuidado para atravessar a rua, pois assim como aqui (ou pior ainda), os motoristas não respeitam as faixas de pedestre e a sinalização.


Apesar de estar bem perto da linha do equador, a noite é bem fria por lá, portanto, leve algumas roupas de frio para agüentar as temperaturas que podem ficar na faixa dos 10 graus. A altitude é responsável por isso. Tenha cuidado com o esforço e bebidas alcoólicas nos primeiros dias. Eu particularmente não sofro com os problemas de altitude, pois, já morei em lugares altos, mas, procure tomar muita água nas primeiras horas e faça um pequeno repouso.


As regiões que são interessantes para visitar são La Candelaria, Chapinero, Zona Rosa y Zona T, além de Monserrate e Zona Norte.

La Candelaria é considerado o centro histórico de Bogotá, onde você poderá encontrar a maioria dos prédios do governo, além de casas históricas e a Plaza Bolívar, onde a cidade começou seu crescimento. Ali também está o Museo Del Oro, um dos itens imperdíveis da cidade, onde você encontrará muito ouro (apenas para ver) do período pré-hispânico na Colômbia e em países vizinhos. A entrada custa $3.000 pesos e vale muito apena.


Perto do museu também está o Parque Santander, onde aos finais de semana ocorre uma feira que vende, principalmente, livros antigos. Fica a dica para os que gostam e quer alguma literatura em espanhol.


Monserrate é um dos pontos mais altos da cidade. A região possui uma igreja, ao lado de um pequeno observatório da cidade, lanchonetes e dois restaurantes (relativamente caros). Para ser perfeito faltou um hotel para ficar na paz dessa região. De lá você enxerga toda a cidade. Para chegar lá você pode usar o teleférico ou o funicular (que só funciona aos finais de semana).

Uma boa pedida é ir ao final do dia, antes do sol se pôr. O custo aproximado por pessoa para subir é R$ 8,00. Existe uma escadaria (atualmente fechada) que também permite o acesso e é usada pelos peregrinos que querem chegar à igreja. Não é muito recomendável usar ela, pois, alguns ladrões se escondem por lá. Uma feira com lembrancinhas também fica por lá.


Na região norte encontra-se a parte rica da cidade, com mansões, casas de luxo, além dos hotéis “gringos”. A região é bem vigiada. Particularmente não achei nada interessante lá, exceto a Zona Rosa.


Essa região, que inclui a Zona T (uma área exclusiva para pedestres, lotada de cafés, bares e restaurantes), é o melhor para a noite na cidade. Se você está procurando por uma “balada”, prepare o corpo, pois, a ritmo nacional é a salsa. Algumas casas até começam com uma música como rock ou pop, mas no meio da noite a salsa toma conta. Se você não gosta do ritmo, prepare um tampão de ouvidos. A revista Plan B, trás diversas opções para se divertir.

Bom, por essa semana já falei bastante de Bogotá. Na semana que vem vou falar sobre onde ficar e passear um pouco mais, além de uma cidade vizinha a Bogotá que guarda um dos orgulhos da Colômbia.


¡hasta luego!

domingo, 5 de setembro de 2010

Avaliação - Business Class TAM







Agora o destino é London e vamos aproveitar para conhecer a executiva da TAM, em um dos seus maiores vôos e operado pelo Boeing 777-300. O processo de avaliação, acima de tudo, é como outro qualquer, apenas adicionando as “comodidades” da executiva.




Vamos embarcar na rota São Paulo (Guarulhos)-London (Heathrow).

Compra: Feita pelo site da própria TAM, ainda sem os n-tipos de tarifas que eles lançaram para os trechos internacionais (antes era apenas para os nacionais). Sinceramente, acho isso muito confuso para o passageiro, mas fica mais simples do que ficar lendo regras e regras de um bilhete, sendo que a maioria deles não vai entender diversos termos. Ainda não conheci uma companhia aérea que tivesse um modelo simples de compra, como a maioria das lojas virtuais, como uma Amazon, onde é possível comprar com um simples clique. Nota: 9,5

Serviços business: Um serviço de transfer é oferecido entre o local que você está e o aeroporto, porém,apenas em London (ele não é oferecido no Brasil). Achei um pouco confuso, pois, você precisa ligar na TAM, eles pegam o endereço em que você está e depois pedem que você retorne para confirmar e no dia do vôo novamente. No mais, transfer feito em carro de luxo, britanicamente pontual (será que é porque eu estava na terra da rainha?). É importante ficar atento ao serviço, pois, existe um raio limite para a “gratuidade” do serviço, onde passando dele, você deve pagar uma diferença. O aluguel de telefones também é oferecido, porém, não solicitei o serviço, já que tinha uma linha por lá. Pelo serviço não está disponível no Brasil, vou ter que dar uma nota pela metade. Nota: 4,5

Check-in: Em São Paulo uma certa demorada e uma pequena fila, no check-in destinado para os passageiros da business. O meu check-in acabou demorando mais ainda, pois, meu bilhete não foi encontrado e tive que ficar dez minutos esperando uma posição da TAM. Em London, o check-in estava sem fila e a eficiência foi ótima. Nota: 8

Embarque: O embarque prioritário funcionou tanto aqui, quanto lá. Espumante/suco de laranja e alguns tipos de nozes, castanhas, etc são oferecidos para os passageiros. Nota: 10

Apresentação:  O Boeing 777-300 estava limpo, com as luzes de leitura funcionando, porém, os botões de reclinação do assento estão bem gastos e mereciam uma pequena atenção. Kit de viagem, manta, travesseiro, revista de bordo, catálogo do free shop tudo devidamente colocado em seu lugar. Nota: 9

Assento: Como eu disse, os botões de reclinação do assento estão gastos. A distância entre as poltronas é muito boa, assim como a largura. O problema fica com a inclinação que creio que fique entre 130-150 graus, sendo que muitas concorrentes estão na faixa dos 180 graus. Nota: 7

Entretenimento: Boas opções de filmes, música, além de um sistema de vídeo que permite que você veja a parte externa da aeronave. Um pequeno detalhe é que o mapa de rota deveria ser atualizado, já que existem vários nomes incorretos, como "Spirito Santo", "Jão Pessoa" e o estado do Tocantins não existe (continua sendo Goiás). Nota: 7

Pontualidade: Sem grandes problemas, se não fosse o operador do finger em London, que travou ele, o que causou um pequeno atraso de 10 minutos na volta. Não vou culpar a companhia pelo fato. Nota: 10

Serviço de bordo: Um pequeno menu de refeições e vinhos é oferecido para os passageiros antes da decolagem. Acho que a TAM precisaria adicionar mais opções de pratos e vinhos. A vantagem é que você pode optar por um serviço express, onde você recebe a entrada e prato principal de uma vez, ao invés de esperar a entrada, depois o prato principal e por fim a sobremesa. No café da manhã, uma boa variedade de pães e opções de cereais, iogurtes. No quesito bebidas, café, leite, suco e chá (afinal estamos na terra da rainha). Nota: 7,5

Atendimento: Finalmente o calor brasileiro. Atendimento cordial e pontual, como à tempos não via (inclusive na business de outras companhias). Nota: 10

Desembarque: Em London, você recebe um passe para o fast track, onde você literalmente fura a fila da imigração. A entrega prioritária de mala funciona (inclusive na volta a minha foi a primeira a aparecer na esteira), assim como o desembarque. Nota: 10

Pós-serviços: O crédito de pontos (por incrível que pareça), foi feito dentro do prazo, sem a necessidade de ficar ligando na central, mandado e-mail, etc. Mesmo assim, ainda estou esperando o crédito dos vôos que fiz pra Asuncion, o que não vai deixar eles com nota 10. Nota: 9.

Nota Final = 8,45

A TAM se saiu bem no quesito de atendimento, pontualidade e embarque/desembarque, mas ainda precisa melhorar a questão dos serviços para os passageiros business, assim como seus assentos e o serviço de bordo. É uma boa opção para ir para a Europa, porém, muitas outras companhias oferecem um serviço melhor para as rotas operadas.

Na próxima semana é hora de falar um pouco sobre Bogotá, Colômbia, por onde andei por esses tempos. Vou começar falando de como chegar lá e o que não deve se perder.


¡hasta luego!